A China – principal mercado de energia solar do mundo – adicionou 104,9 GW de capacidade instalada fotovoltaica nos primeiros quatro meses de 2025, estabelecendo um novo recorde para o período.
O volume representa um crescimento de 75% em relação ao primeiro quadrimestre do ano ado, segundo dados divulgados pela NEA (istração Nacional de Energia da China). O avanço foi impulsionado por um forte apoio político.
Em janeiro, o governo publicou as “Medidas de Gestão de Construção e Desenvolvimento de Geração de Energia Fotovoltaica Distribuída” – estabelecendo que projetos conectados à rede até 1º de maio de 2025 poderiam manter os benefícios da antiga política de preços.
Já os conectados após 1º de junho devem entrar em leilões com preços definidos pelo mercado. A nova regulamentação gerou uma corrida por conexões até a data-limite.
Só em abril, foram 45,22 GW adicionados – um salto de 215% na comparação com abril de 2024. O número é quase equivalente a toda a capacidade instalada no primeiro trimestre do ano ado (45,74 GW).
Entre os segmentos mais aquecidos, os projetos fotovoltaicos comerciais e industriais (C&I) lideraram a expansão entre janeiro e abril. Com receio de mudanças nos preços da energia, empresas se anteciparam para garantir custos fixos e maior previsibilidade dos retornos, intensificando o ritmo de registros e instalações.
Queda nos preços dos módulos
Após o pico de instalação, os preços de módulos fotovoltaicos recuaram em toda a cadeia produtiva. Segundo a InfoLink Consulting, os módulos com tecnologia TOPCon, por exemplo, atingiram uma mínima de RMB 0,65 e 0,66/W – o equivalente a US$ 0,09–0,092/W).
Olhando para o futuro, a empresa de pesquisa e consultoria avalia que o setor fotovoltaico chinês enfrentará alguns desafios entre o segundo e o terceiro trimestre deste ano, como a redução dos incentivos políticos, excesso de capacidade, barreiras comerciais e restrições de absorção da rede.
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