Linhão de Manaus está com 90% da obra concluída

Empreendimento ficará pronto neste ano e vai garantir uma economia de R$ 1 bilhão na conta dos consumidores
1 min 49 seg de leitura
Foto: Canva

O Ministério de Minas e Energia informou que a interligação Manaus-Boa Vista está com 90% das obras concluídas – o empreendimento deve ficar pronto ainda neste ano. A previsão é que a obra, que custou R$ 2,6 bilhões, vai garantir uma economia de R$ 1 bilhão por ano na conta do consumidor brasileiro, devido à redução do uso de térmicas a diesel, cujo custo é rateado por todos os consumidores de energia elétrica do país.

A interligação elétrica entre Manaus (AM) e Boa Vista (RR) tem sido um dos principais desafios de infraestrutura energética da região Norte do Brasil nas últimas décadas. A proposta de conectar Roraima ao SIN (Sistema Interligado Nacional é antiga e tem motivações técnicas e econômicas, especialmente por Roraima ser o único estado brasileiro que ainda não está integrado ao SIN.

A proposta de construir uma linha de transmissão de aproximadamente 715 km entre Manaus e Boa Vista visa resolver esse isolamento. O projeto prevê a construção de um linhão em 500 kV, cruzando áreas ambientalmente sensíveis, incluindo terras indígenas como a Terra Indígena Waimiri Atroari. Essa travessia gerou entraves significativos ao longo dos anos, envolvendo questões legais, ambientais e de direitos indígenas.

O projeto de interligação elétrica Manaus-Boa Vista foi licitado em setembro de 2011, quando o leilão foi vencido pelo consórcio “Boa Vista”, composto pela Eletronorte e Alupar. Desde então, o projeto teve vários entraves, sobretudo ambientais e indígenas, e só avançou efetivamente em 2021/2022, com licenças liberadas e início das obras.

Desde a década de 2000, Roraima tem operado de forma isolada do restante do sistema elétrico brasileiro. Historicamente, parte significativa da energia consumida no estado foi importada da Venezuela, por meio da linha de transmissão de 230 kV que liga Guri, no país vizinho, a Boa Vista.

No entanto, com a crise energética e política na Venezuela, essa fonte se tornou instável e foi interrompida em 2019, tornando o estado totalmente dependente de termelétricas a óleo diesel, uma solução cara, poluente e de menor confiabilidade.

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Wagner Freire
Wagner Freire é jornalista graduado pela FMU. Atuou como repórter no Jornal da Energia, Canal Energia e Agência Estado. Cobre o setor elétrico desde 2011. Possui experiência na cobertura de eventos, como leilões de energia, convenções, palestras, feiras, congressos e seminários.

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